SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 4
No Grande Teatro da Vida:
Atores e Atrizes, Textos e Cenários
Luminares: Sol e Lua
Planetas, Planetóides e Pontos
Signos
Casas Astrológicas
Ainda Dois Dedos de Prosa
Sobre Urano, Netuno, Plutão e Transplutoniano
janine milward
Urano, o
Despertador da Consciência mais elevada
Urano é o Planeta que traduz nossa mente em termos mais elevados,
em dimensões mais amplas, atuando intensamente a Ponte que foi realizada por
Quíron enlaçando o mundo da concretude, estabelecido pelos Luminares e pelos
Planetas Pessoais e Sociais - até Saturno - com o mundo da não-concretude,
estabelecido a partir de Urano e sendo seguido por Quíron e por Plutão, os
Planetas Transpessoais ou Universais.
O desejo da Alma de vir à encarnação e vivenciar seus resgates de
Karmas e Samskaras a partir do acúmulo de vidas anteriores expressadas através
do Risco do Bordado, do mapa astral natal, é tão somente um desejo de ampliação
de sua mente, mente essa advinda do Tao
da Criação.
A cada encarnação existe para nós a grande potencialidade de
expansão de nossa mente, de iluminação da mesma, degrau por degrau, passo por
passo, encarnação por encarnação.
Esse desejo primordial da Alma - o de expansionar sua consciência
até torna-la infinita e iluminada e então poder fusionar-se ao Tao da Criação,
à Paramapurusa, a Deus - é expresso através o arquétipo uraniano que reside em
nosso Risco do Bordado.
Essa ampliação de nossa consciência é fundamental no sentido de nos
aprofundar em nosso auto-conhecimento e na conscientização plena acerca de quem
somos nós e quais são nossas missões de vida a serem cumpridas.
Portanto, é também através do arquétipo uraniano que nos
encontraremos com nossas rupturas em relação a tudo aquilo que precisa ser redesenhado dentro de sua aparente permanente
preservação (afirmada e reafirmada através
a aglutinação dos arquétipos pessoais e de identidade pessoal e sociais,
fundamentalmente através Saturno, aquele que sempre apresenta os limites, as
definições, a preservação e a boa manutenção de tudo). E por isso mesmo, seja através das rupturas
agidas de dentro para fora ou de fora para dentro - interiores em nós ou
exteriores a nós - esses cortes guilhotinais (e muitas vezes inteiramente
inesperados) acionam nossos revirões de vida, dos menores aos médios e aos
maiores.
É sempre através dos lugares de Urano natal e de Urano em trânsito
(ou Urano dentro dos mapas coadjuvantes) que encontramos nosso referencial para
nosso grande Revirão de vida.
Lao Tse, o Mestre do Tao, nos diz em seu
Capítulo 53:
O Grande
Caminho é bem tranqüilo
Mas os homens
gostam bastante de trilhas
A grande missão
de Urano em nossa vida é de nos recolocar em nosso Grande Caminho. E por isso mesmo, ao longo de nossa vida,
enquanto estivermos caminhando por trilhas somente, ou mesmo um tanto
distanciados de nosso real Caminho, Urano estará nos trazendo rupturas e mais
rupturas, verdadeiros Revirões de vida, até que nos coloquemos em nosso Grande
Caminho.
Essa questão
nos acontece ao longo de bilhões de vidas, sendo que Urano nos traz seus cortes
guilhotinais, suas rupturas, menores, médias e maiores, e Plutão nos traz a
vida e a não-vida, suas metamorfoses e suas regenerações, menores, médias e
maiores.
Ao realizar os grandes cortes, as grandes rupturas, Urano vai sintetizando
tudo aquilo que ao mente vai amealhando ao longo de todas nossas vidas
sucessivas. Plutão, por outro lado, vai
fazendo uma determinada triagem, deixando para restar no ontem tudo aquilo que
não mais faz sentido em ser usado hoje e amanhã e depois-de-amanhã... e ao mesmo tempo, vai buscando no ontem tudo
aquilo que pode vir a ser uranianamente redesenhado e atualizado para ser
vivenciado no hoje e no amanhã e no depois-de-amanhã.
Portanto, Urano, o despertador da consciência, e Plutão, o
metamorfoseador e regenerador - ambos por mim denominados de Os
Nitroglicerinados -, vão trabalhando juntos, sempre, em termos da evolução
eterna de nossa Alma. Quíron, a
transcendência, estará nos trazendo a espiritualidade necessária para que
possamos bem realizar essa evolução anímica.
Por isso mesmo, é sempre importante que vivenciemos nosso Quíron dentro da objetivação da subjetividade do
mundo da não-manifestação em bom nível - afastando as ilusões e os desenganos e
os escapismos.
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Quando a alma vem para a encarnação, ela diz: Eu Farei; ao longo de
sua vida aqui na Terra, ela diz: Eu Faço; quando de sua saída da encarnação,
ela diz: Eu Fiz. É bom que quando
dissermos Eu Fiz, que isso vá significar real proficiência de cumprimento de
metas da vida e real ampliação da consciência. Dessa forma, nossa vida seguinte
poderá estar mais leve, menos carregada de situações de Karmas e Samskaras
negativos - ações e reações em potencial - que nos leve e nos submeta a
resgates e vivências por longos tempos....
ao contrário, que a gente possa logo logo se desembaraçar dos mesmos e
continuar em nossa longa jornada de irmos ampliando mais e mais nossa
consciência.
É somente nossa mente que levamos de uma encarnação à outra,
somente nossa mente, somente nossa mente.
O quão máximo possível a gente puder ampliar a mente, em uma encarnação,
melhor! Nossa longa jornada - como nos
diz o Mestre do Tao, Lao Tsé, fica mais encurtada, mais leve, mais
consciente.... até nos tornarmos Bodhisattvas, um ser de compaixão que desce ao
Planeta para ajudar as demais almas em suas encarnações a serem mais conscientes
e tornar suas jornadas mais leves.
Para que nos tornemos Bodhisattvas, é preciso que não mais tenhamos
quaisquer Karmas ou Samskaras negativos a resgatar! E somente alcançaremos essa realidade através
a expansão de nossa consciência para torna-la infinita e iluminada. E essa é uma tarefa para Urano, o despertador
da consciência mais elevada.
A meu ver, a principal ruptura trazida pelo arquétipo uraniano é a
ruptura com o sentimento da permanência, é
a ruptura com o sentimento da superficialidade de pensarmos a vida como
algo que existe apenas dentro do mundo da concretude, é a ruptura com o
sentimento de que tudo apenas começou em nosso nascimento e que tudo apenas
terminará em nossa morte.
Não. Nada termina com nossa morte: é apenas uma continuidade da
vida, porém, em outra dimensão. A visão
de que tudo termina na morte é uma visão de efemeridade. A visão de que o fio da vida é infinito, é
uma visão de eternidade.
A partir de Urano, podemos compreender mais claramente sobre as
questões voltadas para a efemeridade e para a eternidade; sobre as questões
voltadas para o mundo da manifestação e para o mundo da não-manifestação; sobre
as questões voltadas para a ilusão de Maya e para a verdadeira Maya, aquela que
traz em si Prakhtri, operando a realidade do mundo da existência que sempre é
advindo do mundo da não-existência.
Sempre tudo acontece através do deslocamento e da condensação...
que se traduzirá em novo deslocamento. Do mundo da não-manifestação ao mundo da
manifestação e do mundo da manifestação ao mundo da não-manifestação. Do sutil
ao denso e do denso ao sutil: o ciclo de Brahma, o ciclo da eterna mutação
dentro da Criação... porém tudo apenas
revela o Desejo do Amor advindo do Tao da Criação, que não tem qualquer
exteriorização, apenas interiorização absoluta... e por isso mesmo, pode fazer
movimentar o Desejo da Criação.
Sendo assim, através Urano em nosso Risco do Bordado, poderemos
compreender sobre nosso Desejo de Criação de nossa Alma em termos de nos
movimentar para nossa realização de missões de encarnação: todas missões
voltadas para a ampliação de nossa consciência.
Srii Srii Anandamurti nos
diz:
A meta da vida humana é fusionar-se a Paramapurusa. Ao Tao da Criação. A Deus.
Talvez pudéssemos também dizer: o desejo único da Alma é o de
retornar à Fonte Primordial, a Paramapurusa, ao Tao da Criação, a Deus.
É um desejo de pleno Amor.
E para tanto, precisa ser também espelhado enquanto um desejo de
Trabalho.
Dentro de um ponto de vista mais poético, poderemos dizer que o Tao
criou a Criação dentro de si mesmo, como seu espelho no mundo da
manifestação. E fez isso por Amor.
O Amor à Criação fez deslocar o Desejo da Criação e sua condensação
aconteceu através a realização de seu Trabalho.
Cabe ao homem, aquele que pode ampliar ao máximo sua mente até
torna-la infinita e iluminada e fusionada ao Tao, de atuar como o co-Criador da
Criação. E para tanto, seu Desejo de
Amor é voltado para a Criação em si e seu Outro, dentro do mundo da
manifestação, e através suas inúmeras e incontáveis encarnações, pode realizar
seu Trabalho. Em fazendo isso, o homem
eleva-se ao mundo da não-manifestação para poder alcançar o Tao da Criação e
com ele se fusionar.
Dentro da Criação, tudo é plural e coletivizado. Porém somente existe o Tao, que é Uno e
Absoluto. Até o próprio mundo da
não-manifestação ainda é um Criação sob o Tao.
Quando o homem alcança a possibilidade de se fusionar ao Tao da Criação,
ele compreende o todo da Criação, essa imensa coletividade e pluralidade, como
a própria unicidade que existe em si mesmo.
Por isso, pode dizer: Eu Sou a Consciência Cósmica; a Consciência
Cósmica Sou Eu. Hom So.
Portanto, o Desejo dentro do mundo da manifestação é o de
desenvolver plenamente a mente - razão pela qual toda a natureza da Criação
existe, através bilhões e bilhões de encarnações, desde o princípio dos tempos
desse nosso Universo que conhecemos até o final .... do mesmo... e ainda para
depois do final, quando estivermos todos contidos novamente dentro da Unicidade
da semente ainda Yin aguardando seu momento Yang de desabrochar em Big Bang de
um novo universo a-vir-a-ser.
E o Desejo dentro do mundo da não-manifestação é que essa mesma
mente se torne infinita e iluminada e de forma tal que também possa tornar o
corpo físico em Corpo de Luz, também infinito e iluminado: estaremos então,
depois de uma longa jornada que tenha começado a partir do primeiro passo, nos
tornando co-criadores da Criação, junto ao Tao.
A meta da vida humana é fusionar-se a Paramapurusa, a Deus, ao Tao da
Criação.
E é sempre Urano, o despertador da consciência mais ampliada, que
nos fará mais conscientes a respeito de nossa vida de aqui-e-agora e de nossa
vida de ontem e de amanhã, do longo fio de todas nossas encarnações; mais
conscientes a respeito da efemeridade da vida de hoje e da eternidade de nossas
vidas de hoje, de ontem e de amanhã e de sempre, sob o Tao da Criação.
Até Saturno, temos a consciência de nossas vidas acumuladas em
Karmas e Samskaras a serem bem realizadas aqui, no Planeta Terra, por exemplo,
ou quem sabe em outro lugar, outro Planeta similar ao nosso, lugar de plenitude
de materialização. Saturno nos leva a
bem nos realizar dentro de nossa vida encarnada no Planeta Terra, lugar de
Trabalho e de Iluminação.
Porém, a partir de Saturno, Quíron, a Ponte, já vem nos revelando
tudo aquilo que Shakespeare nos aponta como “algo mais que existe entre o céu e
a terra”. E será através de Urano que o
Desejo da verdadeira realização de nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação
devem também, saturnianamente, serem concretizados em Planetas de plenitude de
materialização, assim como nossa Mãe-Gaia.
A Iluminação pressupõe mente infinita e iluminada. A Liberação, ou
Imortalidade, pressupõe vida infinita e iluminada.
Poderíamos então dizer que Urano será o arquétipo mais indicado
para a realização do Desejo de expansão da mente a fim de torna-la infinita e
iluminada - certamente com a ajuda plena de todos os demais arquétipos de nosso
Sistema Solar, fundamentalmente com a boa ajuda de Quíron e de Plutão e do
Transplutoniano.
Apenas poderemos trilhar o Caminho da Liberação, ou Imortalidade,
se tivermos nossa mente plenamente iluminada e infinitizada: isso é a
Iluminação. No entanto, o Iluminado
ainda está atado à Roda da Vida, a Samsara, e por isso mesmo precisa retornar à
encarnação quantas vezes for necessário para que possa realizar a Alquimia do
Caldeirão, ou seja, a transmutação de seu corpo físico em Corpo de Luz, que não
morre e sim ressuscita - assim como Mestre Jesus nos mostrou claramente que é
possível acontecer. Isso é a Liberação,
a Imortalidade.
O Imortal, o Liberado é aquele que não mais está atado à Roda da
Vida, à Samsara, assim como a conhecemos porque agora possui vida iluminada e
infinitizada.
Podemos então pensar que Urano, o despertador da consciência, nos
aponta o caminho, longo caminho, para todas essas questões. E será também Urano aquele que nos abrirá
novos rumos de compreensão, nos retirará as ataduras da mente para que possamos
nos realizar plenamente, sob o Tao da Criação.
Penso ser Urano o arquétipo mais fundamental dentro do Caminho da
Iluminação, e penso ser Plutão o arquétipo mais fundamental dentro do Caminho
da Liberação ou Imortalidade.
Portanto, primeiramente nossa mente é trabalhado pelo arquétipo uraniano. Quando a mente está plenamente trabalhada, aí
então essa mesma mente poderá vir a alquimizar a própria vida que em si reside,
através o arquétipo plutoniano. A Alquimia do Caldeirão, a transmutação do
corpo físico em Corpo de Luz, Solar, Diamantino, é trabalho de Plutão, o
metamorfoseador e o regenerador.
A meu ver, todos os conhecimentos que recairão sobre aquele que
conseguiu alcançar a Imortalidade ou Liberação - ou mesmo ainda em alguns
estágios de vidas dentro já da Iluminação e de seu Caminho... -, são questões advindas de Ísis, a guardiã
dos segredos do conhecimento, um Transplutoniano ainda não descoberto
fisicamente.
Netuno:
Em termos de
Netuno, o Planeta da Transcendência, eu diria que nem sempre é fácil o
reconhecermos dentro da arquetipologia mais essencial vivenciada pela grande
maioria das pessoas que povoam o Planeta Terra!
No entanto,
sabemos também que um arquétipo jamais deixa de ser vivenciado - mesmo que a
consciência da pessoa não esteja ainda plenamente aberta para poder explorar
esse mesmo arquétipo em todas suas possíveis graduações, dentro de suas
questões mais positivas, digamos assim, e dentro de suas questões menos
positivas.
No caso de
Netuno, uma de suas questões mais
positivas a serem potencialmente vivenciadas em seu arquétipo é, a meu ver, a
Transcendência, a compreensão mais profunda que realmente existe algo a mais
entre o Céu e a Terra e fundamentalmente, a compreensão mais profunda que
estamos aqui na Encarnação no Planeta Terra exatamente para podermos vivenciar
este Planeta de matéria plena enquanto nosso Caminho de Iluminação (nos
trazendo mente infinita e iluminada) - pois Luz é matéria - e ao mesmo tempo,
podermos vivenciar nosso Caminho da Liberação - pois é somente dentro de um
Planeta de matéria plena é que poderemos transubstanciar nosso Corpo físico em
Corpo de Luz, nos trazendo vida infinita e iluminada.
Esse segundo
Caminho, o da Liberação ou Imortalidade, somente pode ser realizado a partir da
conclusão do primeiro Caminho, o da Iluminação.
No entanto, já em nosso Caminho da Iluminação, podemos postular nosso
Desejo de vir a nos tornar Bodhisattvas - ou seja, já nos tornamos verdadeiros
Discípulos do Mestre do Tao da Criação e expressamos nosso desejo de nos
tornarmos co-criadores, sim, porém ainda dentro da expressão máxima de nossa
Compaixão verdadeira, nosso real Netuno, de não nos libertarmos da Samsara até
que a última alma humana tenha realizado sua Iluminação!
Ainda dentro
das questões mais positivas a serem vivenciadas em Netuno, encontraremos a
elaboração do Espírito e da Arte!
Dentro das
questões menos positivas, digamos assim, em Netuno, poderemos encontrar a
mendicância, o escapismo, os vícios cruéis e arraigadores, as ilusões e os
enganos.
Em termos de
religiosidade, é certo que Netuno estará operando a todo vapor! Porém, existe uma diferenciação entre
religiosidade e espiritualidade!
A religiosidade
pressupõe o homem compreender sua inter-relação entre o Céu e a Terra e buscar
sua fusão com o Divino. A religiosidade
pressupõe o respeito e a adoração ao Divino e ocorre num plano netuniano mais
subjetivo.
A
espiritualidade pressupõe o homem não somente compreender essa inter-relação
sua entre o Céu e a Terra mas certamente realizar em si mesmo tal transformação
que essa metamorfose estará operante em sua mente e em seu próprio corpo - daí
os Caminhos da Iluminação e da Liberação ou Imortalidade. A espiritualidade pressupõe que o homem vá
buscar sua parte de co-criador e portanto, essa ação ocorre num plano netuniano
mais objetivado a partir da ação subseqüente, do Planeta que segue Netuno, que
é Plutão, metamorfoseador e regenerador.
Plutão:
Em termos de
Plutão, o Planeta da Metamorfose e da Regeneração, eu diria que nem sempre é
fácil o reconhecermos dentro da arquetipologia mais essencial vivenciada pela
grande maioria das pessoas que povoam o Planeta Terra!
No entanto,
sabemos também que um arquétipo jamais deixa de ser vivenciado - mesmo que a
consciência da pessoa não esteja ainda plenamente aberta para poder explorar
esse mesmo arquétipo em todas suas possíveis graduações, dentro de suas
questões mais positivas, digamos assim, e dentro de suas questões menos
positivas.
No caso de
Plutão, uma de suas questões mais positivas a serem potencialmente vivenciadas
em seu arquétipo é, a meu ver, a evolução da Alma encarnada dentro do corpo
físico, o Ego, para atender ao desejo real e infinito do Espírito fusionado ao
Tao da Criação. Sendo assim, esse desejo
do homem o leva a colocar-se em seu caminho de fusionamento ao Tao, sempre
ansiando realizar sua evolução.
Para tanto,
para que haja a real evolução da Alma fusionada ao Ego para atender ao desejo
real e infinito do Espírito fusionado ao Tao da Criação, o homem compreende que
tem que passar por seus Revirões de Vida ao longo de seu árduo e imenso caminho
de evolução. Portanto, as questões
voltadas para a metamorfose e a regeneração são fundamentais dentro da ação
arquetípica plutoniana.
Dentro das
questões menos positivas, digamos assim, em Plutão, poderemos encontrar a necessidade
de atuar o poder, a necessidade de manter um controle intenso nas questões de
vida e de morte, a necessidade de manter um controle intenso nas questões das
ações do Outro, da mente do Outro, da riqueza do Outro; a necessidade imperiosa
de utilizar o Desejo no sentido do mal, do perverso, do conhecimento não
revelado e que traz poder e domínio sobre o Outro; morte, poder desvairado,
vingança, culpa...
Em Plutão,
sempre o Desejo é forte, é intenso. A
questão é: como usar esse Desejo? Mestre
Jesus usou seu Desejo para poder acionar sua intenção de cura, de transmutação
de matéria, de transmutação de morte em vida.
Portanto, em Plutão encontraremos o arquétipo do Santo Graal, da
transformação da simples matéria em ouro, da transformação da simples mente em
mente infinita e iluminada; da transformação do corpo físico em Corpo de Luz,
da vida finita em vida infinita e iluminada.
Ísis
(Transplutoniano)
Da mesma forma
que Netuno, enquanto Planeta físico, foi descoberto a partir das estranhezas de
gravitação orbitacional de Urano..., eu penso que o arquétipo fundamental de
Plutão - nos transubstanciar de tal forma que possamos alcançar nossos Caminhos
de Iluminação e de Liberação ou Imortalidade, nos trazendo mente e vida
infinitas e iluminadas... -, nos leva a pressupormos a existência de um
planetóide que lhe siga os passos, em termos de revelação dos conhecimentos
ainda guardados, conhecimentos que nos advirão somente após nossa realização de
nossos Caminhos acima mencionados! É por
isso que eu nomeio Ísis como a guardiã dos segredos dos conhecimentos.
Plutão é a
metamorfose e a regeneração: é nossa mente simples que se metamorfoseia
inteiramente e se regenera dentro da assunção de sua iluminação e de sua
infinitude - mesmo que ainda estejamos atados à Samsara, mesmo que ainda
tenhamos que retornar à vida materializada e encarnada no Planeta Terra de
forma que ainda nesse Planeta de plenitude de materialização possamos alcançar
a metamorfose e a regeneração de nosso corpo físico em Corpo de Luz - aí sim,
aí então estaremos possivelmente libertos da Samsara: retornaremos à encarnação
apenas se assim quisermos, como Bodhisattvas, seres de compaixão. Ísis, a meu ver, é o arquétipo que estaria
nos falando sobre todas essas questões de forma absolutamente simples - quase
como hoje podemos assim comentar sobre Urano, Netuno e Plutão! Com o tempo, Ísis estará se tornando cada vez
mais necessária em sair do nosso inconsciente e adentrar nosso consciente a
partir de sua descoberta física, nos céus estrelados, para ainda além do
planetóide Plutão (recém-destronado pela astronomia de seu trono de Planeta...
perdeu seu reinado mas não perdeu sua majestade!).
De qualquer
forma, já entre esses dois Caminhos - o da Iluminação e o da Liberação ou
Imortalidade -, o arquétipo de Ísis já estará sendo acionado em sua quase
plenitude... mas, a meu ver, estará agindo plenamente somente após a realização
do Caminho da Liberação ou Imortalidade.
Esse segundo
Caminho, o da Liberação ou Imortalidade, somente pode ser realizado a partir da
conclusão do primeiro Caminho, o da Iluminação.
No entanto, já em nosso Caminho da Iluminação, podemos postular nosso
Desejo de vir a nos tornar Bodhisattvas - ou seja, já nos tornamos verdadeiros
Discípulos do Mestre do Tao da Criação e expressamos nosso desejo de nos
tornarmos co-criadores, sim, porém ainda dentro da expressão máxima de nossa
Compaixão verdadeira, nosso real Netuno, de não nos libertarmos da Samsara até
que a última alma humana tenha realizado sua Iluminação!
........................................
Se acaso ainda
não concluímos nosso Caminho da Iluminação - e ainda estamos, portanto, bem
distantes do nosso Caminho da Liberação ou Imortalidade -, isso não quer dizer
que não estaremos tentando, arduamente e ardentemente, vivenciar nossos Urano,
Netuno e Plutão e Ísis em bom nível de seus arquétipos mais positivos, não é
verdade, dentro do nosso patamar de consciência do momento.
O bom da
consciência, é que esta pode sempre e sempre e sempre, ampliar, expandir, se
tornar mais e mais clara e transparente.
A única coisa que levamos entre uma vida e outra é nossa mente contendo
nosso patamar de consciência desenvolvida até determinado grau. Ao sairmos da encarnação, perdemos nosso
corpo físico... mas não perdemos nossa consciência e muito possivelmente, após
49 dias de trajetória entre os sete mundos invisíveis, estaremos encontrando o
mundo correto que nos acolherá, de acordo com nosso nível de consciência, isso
é certo.
......... E
também podemos, volta e meia, nos desgarrarmos da boa consciência sobre nossa
vivência desses arquétipos mais positivos, nos apegando a alguns de suas
questões menos positivas... mesmo assim,
Urano vem nos trazer o Despertar de
nossa Consciência... e se não o virmos enquanto Despertar necessário, certamente
estaremos vendo-o (e vivenciando-o) enquanto Cortes guilhotinais e, quase
sempre, bem dramáticos.... Netuno vem nos trazer a Perda... e se não o virmos
enquanto Perda necessário, certaremos estaremos vendo-o (e vivenciando-o)
enquanto escapismos, ilusões e enganos...
Plutão vem nos trazer a transformação sempre constante de tudo sob o Tao
da Criação... e se não o virmos enquanto transformação necessária, certamente
estaremos vendo-o (e vivenciando-o) enquanto morte, poder desvairado, vingança,
culpa...
Com um abraço estrelado,
Janine Milward