Casa Doze ou Duodécimo Cenário de Vida





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 4

No Grande Teatro da Vida:
 Atores e Atrizes, Textos e Cenários


Luminares: Sol e Lua
Planetas, Planetóides e Pontos
Signos
Casas Astrológicas

Casa Doze
ou
Duodécimo Cenário de Vida

janine milward


Você nunca está sozinho ou abandonado
A força que guia as estrelas, guia você também
Srii Srii Anandamurti

Paramahansa Yogananda stated that "seclusion is the price of greatness".

Someone said: "some pain is inevitable; suffering is optional".

"That which we do not face in the unconscious, we will live as fate"  Jung said.

Se tudo teve seu começo em Casa Um, a partir do Ascendente......., tudo terá seu final em Casa Doze.... e sua gestação dos novos começos...  Casa Um é Símbolo de Chegada... Casa Doze é Símbolo de Partida.

A Casa Doze nos fala de nosso Eu Concluo, Eu Ilumino, Eu Transcendo, Eu Gesto meus Novos Começos.  A Casa Doze, em sendo o último Cenário da Mandala Astrológica, não somente nos traz as conclusões dos ciclos anteriores e a gestação dos novos ciclos, como também nos distancia da Sociedade, como um todo.  A forma como a Alma aliada ao Ego vivencia esse distanciamento, sempre vai estar calcada em seus Karmas e Samskaras vivenciados através seu Risco do Bordado.  Portanto, alguns Caminhantes finalizam suas vidas em camas de casa ou de hospital; outros vão viver vidas mais monásticas bem como viver suas vidas mais afastadas do burburinho das cidades, no campo, na selva; outros são aprisionados pelas leis da Sociedade; outros não conseguem bem vivenciar seus inconscientes que teimam em transpassar o pré-consciente e jorrarem seus temas complexos para o consciente; e outros, trabalham com tudo isso, exercem suas funções de amor compassivo e de transcendência de espírito e arte e espiritualidade e conhecimento das leis da vida.

Ao mesmo tempo, também a Casa Doze atua como a Casa Seis do nosso Outro, ou seja, é o lugar onde nosso Outro trabalha, serve, cuida de sua manutenção de encarnação e vivencia seu cotidiano de vida.

A Décima-Segunda Casa é relativa ao signo dos Peixes e dessa maneira estará nos revelando as questões a serem vivenciadas no sentido de nos conscientizarmos de que somos em nós mesmos a fusão de todos os signos e casas anteriores. Também a décima-segunda casa estará nos mostrando que tudo chega ao seu final para tudo poder novamente ter o seu re-começo. A décima-segunda casa fala do trabalho do Outro e a boa manutenção da saúde planetária e física desse Outro

É preciso que você entenda que seu Duodécimo Cenário não apenas vai significar seu Terceiro e seu Quarto Atos de vida ou sua finalização planetária.  Não.  Significa todas as suas finalizações de ciclos, quaisquer que sejam esses seus ciclos, em suas ações, em seu dia e em seu cotidiano, semana, mês, ano, décadas.  A Casa Doze expressa sua maneira natural de encerrar suas questões ao mesmo tempo que também, exteriormente, as questões são encerradas para você.

De uma forma geral, dentro da Duodécima Casa veremos o signo de entrada em seu grau correto e depois, o signo a seguir.  Dessa forma, estaremos sempre interpretando o signo de entrada na Casa Doze como a força mais intensa de você exercer a energia desse seu Cenário de Vida, e ao mesmo tempo esse signo será fusionado ao signo a seguir, já dentro da Casa Doze  e possivelmente já dando entrada ao Ascendente, e também aos Planetas que poderemos ver morando ou dentro ainda do signo de entrada da Casa Doze ou dentro do signo seguinte.

Para bem podermos interpretar nossa Casa Doze, primeiramente estaremos conversando sobre essa energia desse Cenário de Vida e então estaremos buscando, dentro do mapa astral, dentro do Risco do Bordado, os Planetas ou Luminares que vão atuar como Regentes desses mesmos signos, os signos onde estão morando e as Casas onde estão morando. 

Também será importante, mais tarde, termos uma boa idéia acerca dos Aspectos que todos estarão realizando entre si.

 E mais tarde ainda, também podermos interpretar esses regentes dentro dos signos e Casas que estão morando bem como interpretar sobre os regentes desses mesmos signos !  Dessa forma, estaremos formando uma cadeia de signos, Casas e interpretações várias.

Finalmente, é importante que façamos uma interpretação de fusionamento entre a energia natural de Peixes - que comanda, em tese, a Doudécima  Casa -, e as energias dos signos constantes na Casa Doze, dentro do mapa astral bem como dos Planetas ou Luminares ou Pontos que ali moram.  Ou seja, o signo de entrada da Casa Doze e o signo seguinte e todos os moradores dentro desse Duodécimo Cenário sempre terão uma conotação pisciana, sem dúvida alguma, modificando assim, suas energias primordiais.

Casa Doze - Peixes - Netuno
A Casa Doze e Peixes e Netuno fazem parte do Elemento Água, da Qualidade Mutável e do Gênero Yin, feminino.

Na Casa Doze iremos encontrar as conclusões, as finalizações dos ciclos de vida, dos menores aos maiores, como um todo.  Sendo assim, nossos eventos de vida, por mínimos que se apresentem, vão sempre estar demonstrados em suas conclusões através dos signos e dos planetas ou luminares ou pontos e regentes, etc, inseridos nesse lugar.

Dessa  forma, também veremos as finalizações das questões do nosso dia-a-dia, nosso tempo de dormir e outras finalizações de ciclos mais longos e finalmente, nossa finalização de vida ou tempo pré-finalização de vida.

E também, certamente, poderemos ver dentro da Casa Doze nosso tempo de pré-começo de nossa vida, o tempo acontecido em nossa vida familiar ou planetária antes da nossa vida à encarnação, nosso tempo dentro do útero materno.

E andando passos mais retroativos ainda, poderemos ver dentro de nossa Casa Doze também questões relacionadas à nossa última vida ou conclusões fusionadas de várias de nossas vidas passadas que serão, de alguma forma, revivenciadas dentro de nossa vida atual.

Então, a Casa Doze é sempre considerada um imenso e infinito reservatório de vida já vivida e de vida a ser novamente vivida, em eterna mutação.  Tanto pode nos falar de nosso tempo de descanso, de nosso tempo de sono, como de nosso tempo intra-uterino ou mesmo de nosso tempo entre a vida anterior, dentro da chamada morte, em outros planos de chamada vida, até o começo de nossa vida atual.

É por isso que temos dentro da Casa Doze o arquétipo dos Peixes e de seu regente, Netuno.  Todas essas questões é como se fossem um imenso mar: mar da Terra, mar do Céu, mar da Criação, mar do Mundo da Manifestação, mar do Mundo da Não-Manifestação.

Dentro do mar, todas as águas da vida são inteiramente despersonalizadas.  Aquele pingo de chuva inicial, que vimos em Câncer e que vimos formando as águas sócias e sendo expelidas socialmente em Escorpião, tudo correu como água sempre indiferenciada e conjunta para o mar e dentro do mar e dos oceanos, essa indiferenciação e essa fusão atingem seu grau de plenitude.

Portanto, a Casa Doze é um lugar de finalizações, sim, porém nem sempre podemos dizer quando e como essas finalizações acontecem....  Da mesma forma que nem sempre podemos dizer quando e como esse mesmo pingo de água haverá de ser evaporado, subindo ao céu e transformado em nuvem e novamente caindo como pingo de água sobre a terra, em chuva bendita...

Assim, a Casa Doze nos traz a infinitude de todas as questões.  Sabemos sim, que tudo na vida passa e que passa realizando seu eterno retorno, sua eterna mutação.  E sabemos que tudo na vida tem seu fim aparente e seu começo aparente - embora saibamos que tudo sempre pertence à eternidade do Criador, que não tem começo nem fim.  A Criação é apenas Maya, apenas um reflexo em duração de tempo da continuidade infinita de tempo do Criador.

É por isso que sempre que se trata de nossa Casa Doze, a gente tem uma certa dificuldade em dar conclusões, trazer términos às nossas questões.  Fundamentalmente, não queremos morrer e mal pensamos na morte ao longo de toda nossa vida.... até que morremos.  Para renascermos.
...........................................

Não poderíamos seguir adiante sem mencionarmos o eixo que, a meu ver, é o mais relativo ao nosso Planeta Terra e o porquê de aqui encarnamos: Casa Seis e Casa Doze.

Dentro da Casa Seis, encontramos com o Trabalho que temos que realizar na Terra.  Nosso Planeta, nossa Mãe-Gaia, é um lugar de Trabalho.

E certamente, nosso Planeta, nosso Mãe-Terra, é um lugar de Iluminação.  E essa Iluminação pertence à Casa Doze à medida que o Trabalho da Casa Seis é bem executado.

Sabemos que a Terra é um lugar extremamente propício para a vida, para a encarnação.  E sabemos que Luz é Matéria.  E não conhecemos lugar melhor de matéria, de materialização, do que nosso Planeta Terra.

Sendo assim, é aqui que trabalhamos entre nós, entre todos os seres e é aqui também que iluminamos e mais: é aqui que nos liberamos.  Tudo isso porque a Terra é um Planeta de matéria e luz é matéria e a matéria pressupõe trabalho e também pressupõe luz e luz pressupõe iluminação.

Dessa forma, é muito comum que os lugares mais transcendentes, mosteiros e Ashrams aconteçam dentro da energia da Casa Doze bem como é muito comum que os grandes mestres ali tenham o posicionamento de seus Sóis, seus Espíritos encarnados.


Sobre o signo de Peixes, natural e correlato à Casa Doze:

Fundamentalmente, será sempre dentro do signo de Peixes que encontraremos a energia da verdadeira  compaixão.  E certamente também a Casa Doze através dos signos que nela habitam e dos planetas ou luminares ou pontos que nela moram vão nos indicar como esse ato de compaixão pode vir a ser exercido por nós.

É bom nos lembrar que compaixão não quer dizer ter pena.  Compaixão quer dizer ação, verdadeira ação em relação à natureza como um todo, à Criação e aos outros seres.

O Bodhisatwa é o verdadeiro ser de compaixão.  Este ser já poderia inclusive encarnar em Planetas mais avançados e mais transcendentes mas promete continuar encarnando dentro do Planeta Terra até que a última alma possa também transcender a Roda da Vida planetária.

Também em Peixes vamos encontrar outras formas de podermos exercer o arquétipo plural de maior transcendência, de maior objetividade.

Podemos fazer isso através de nossa dedicação à arte, como um todo; através de nossa dedicação ao espírito, como um todo; através de nossa dedicação à espiritualidade e à religiosidade.

Sempre que falamos em Casa Doze e em Peixes e em Netuno, estaremos tratando de um certo afastamento, de uma certa reclusão, de um certo sentimento de solidão ou de estar solitário, ou só, de uma interiorização plena, sem dúvida alguma.

Porém essas questões poderão ser pesadas ou não, tudo dependendo dos resgates de Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - e também de nosso livre-arbítrio.

Ainda sobre a Casa Doze e sobre os Peixes e sobre Netuno, poderemos quotar:

Paramahansa Yogananda stated that "seclusion is the price of greatness".
O Iluminado Yogananda nos disse: a reclusão é o preço da grandeza.

"some pain is inevitable; suffering is optional".
Alguém teria dito: Alguma dor é inevitável; o sofrimento é opcional.

"that which we do not face in the unconscious, we will live as fate"
Jung nos disse: Aquilo que não podemos perceber dentro do inconsciente, viveremos como destino.

Tudo isso nos diz que em se tratando de Casa Doze e de Peixes e de Netuno, a reclusão  e o estar sozinho realmente nos acontece, a dor acontece, o sofrimento pode acontecer, o inconsciente acontece e deve ser conscientizado para não nos tornarmos marionetes desse mesmo inconsciente.

Sendo assim, em Peixes veremos a oportunidade de transcendermos a objetividade da vida e de a vivermos de forma mais subjetiva, sim.

Ao mesmo tempo, esse mesmo signo de Peixes pode nos toldar a visão, nos levando ao escapismo, à ilusão e à desilusão, à confusão, à nebulosidade da compreensão, à adição às  drogas de forma geral para se adentrar o mundo dos sonhos, da pretensa ou suposta transcendência.

Peixes é um signo de intensíssima sensibilidade, fusionando em si mesmo não somente todas as questões arquetípicas existentes nos onze signos anteriores como também, em relação aos signos do Elemento Água, em Peixes essa intensíssima sensibilidade alça vôos infinitos e iluminados - trazendo em si a imaginação fértil e o psiquismo cancerianos e a compreensão e sabedoria aprofundada de Escorpião.

É no entanto sempre imperioso dizermos que os signos nos apresentam através de seus arquétipos mais simpáticos como também através de seus arquétipos menos simpáticos.

No caso dos Peixes, veremos que a escalada ao Céu é certa...., da mesma maneira que a queda aos mundos ínferos também...

Sobre Netuno, regente de Peixes e natura e correlato à Casa Doze: veremos que sempre que o lugar onde temos o Netuno em nosso mapa astral natal, nosso Risco do Bordado, é o lugar onde podemos obter a subjetividade máximo dentro de nossa objetividade, é o lugar onde encontraremos pessoas ou agiremos dentro da verdadeira compaixão.... e também dentro dos aspectos menos simpáticos ou mais simpáticos da Casa Doze e do signo de Peixes, acima mencionados.

Também quando se trata de Casa Doze e de Peixes e de Netuno, temos que falar da perda.  Essa perda realmente existe se a virmos como perda objetiva, de questões concretas da vida.  Nesse caso, essa perda existe.

No entanto, se virmos essa perda como algo subjetivo, compreenderemos que tudo, tudo, tudo, na vida e na Criação é apenas Maya.  E Maya não é simplesmente, como a chamam normalmente, uma ilusão.  Não.  Tudo existe mas não existe: isso é uma perda da objetividade para adentrarmos a subjetividade. Isso é verdadeira Maya.

Então, ao vermos o posicionamento de Netuno dentro do signo que mora  em nosso mapa astral natal, estaremos voltados para alguma perda, sem dúvida alguma, sem dúvida alguma.  No entanto, essa é uma perda objetiva e não subjetiva.  E apenas existe a subjetividade: toda a objetividade advém da subjetividade.  O Mundo da Manifestação advém do Mundo da Não-Manifestação.  E o Mundo da Não-Manifestação é criado, através de Prakrti e Maya, pelo Tao da Criação.

Tudo apenas espelha - em manifestação de luz e não-luz : Maya - o Tao da Criação.

Aqui tem sua finalização, o Hemisfério Yang da Mandala Astrológica:
todas as questões mais sociais e de identidade social e planetária estão inteiramente formadas.  A partir de agora, o ser está pronto para enfrentar a si mesmo e ao seu retorno ao seu mundo pessoal e de identidade própria.

É aqui seu ponto onde a Cobra morde sua Cauda, seu Ourobouros: aqui você termina e aqui você recomeça, sempre, em todo e qualquer ciclo de sua vida, sempre.


Tempus Fugit. Carpe Diem



Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti