SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 4
No Grande Teatro da Vida:
Atores e Atrizes, Textos e Cenários
Luminares: Sol e Lua
Planetas, Planetóides e Pontos
Signos
Casas Astrológicas
Fundo do Céu
e Casa Quatro
ou
Quarto
Cenário de Vida
janine milward
Eu Enraízo
A Família que
me acolhe no Planeta Terra
A Família que
eu realizo, em minha maturidade
Meu lugar de
Raízes de entrada no Planeta Terra
Meu lugar de
Raízes, sempre
Meu lugar de
Raízes, já nos Terceiro e Quarto Atos de Vida
Meu lugar de
repouso final
Nos Três
Cenários anteriores - Eu Sou, Eu Tenho, Eu Penso -, estivemos comentando acerca
a Estação Pessoal: questões que nos acontecem na vida de forma natural e
essencial. São as estruturas
absolutamente fundamentais do Eu, em sua singularidade plena, em sua entrada na
encarnação, materialização plena e desenvolvimento da mente.
No entanto,
todos nós nascemos do encontro dos elementos masculino e feminino - realizados
por nosso pai e por nossa mãe, não é verdade?
Este encontro pode acontecer fundamentado em uma família nuclear e bem
enraizada... - ou não. Porém, os Três
Cenários Naturais e Essenciais, anteriores, estão plenamente formados e o ser
recebe a dádiva do pai e da mãe, de sua encarnação com nome e sobrenome e suas
raízes, sua família! Sendo assim, aqui
se inicia a Segunda Estação, a Estação Individual, o real acolhimento do Ser no
Planeta Terra, seu desenvolvimento, seu crescimento, sua educação, seu nome,
sua identidade pessoal, e, finalmente, seu cotidiano de vida, como um todo, sua
preservação de encarnação e seu trabalho.
A verdade é que
o Risco do Bordado, a Mandala Astrológica, com suas Doze Casas, seus Doze
Cenários de Vida, dentro do grande teatro da vida do Caminhante, do ser que
está encarnando, vem apresentar uma Grande Cruz: ASCENDENTE (eu sou) e
DESCENDENTE (nós somos); FUNDO DO CÉU (eu enraízo) e MEIO DO CÉU (eu
concretizo).
O Ascendente e
o Descente vêm falar de nossa relação direta entre meu Eu e meu Outro; entre
meu Outro e meu Eu. Podemos dizer que
estas relações diretas são horizontais!
O Fundo do Céu
e o Meio do Céu vêm falar de nosso enraizamento planetária e do cumprimento de
nossas Missões de encarnação, a que viemos!
São também relações porém travadas entre aquilo que é minha estrutura
básica e fundamental no Planeta e a estrutura básica e fundamental do meu
Outro, do resto da Sociedade, como um todo!
Sendo assim, podemos dizer que estas relações são verticais!
..................
Sempre a Casa
Quatro vai Ser vista como nosso lugar de raízes, nossa família, nossa estrutura
maior – particular ou social -, enfim, toda nossa história de vida, desde seu
tenro começo, passando por nossa juventude, e avançando em nossa maturidade,
pode ser vista através de nossa Casa Quatro.
Principalmente, as questões relacionadas mais para a terceira fase de
nossa vida, depois dos quarenta, cinqüenta, sessenta anos...
A Quarta Casa é
relativa ao signo de Câncer e dessa maneira, estará nos revelando as questões a
serem vivenciadas no sentido de nos conscientizarmos de que não apenas
pensamos, mas sentimos. Não apenas existe o pensamento mas também o sentimento.
Sendo a Casa relacionada ao Fundo do Céu, é na quarta casa que temos o real
enraizamento de nossa encarnação: a nossa família, a nossa casa, o nosso ninho,
o nosso chão, nosso aninhamento, nossa proteção, nossa alimentação, nosso
crescimento dentro de nossas raízes. A quarta casa vai nos falar no começo e do
final de nossa vida de encarnação. Eu Sinto. Eu enraízo. Eu realizo minha
família.
O Fundo Céu –
ponto oposto e complementar ao Meio do Céu - representa as raízes, o fim e o
começo da encarnação em si, nossa família, nossa casa, nossa estrutura
fundamental dentro do Planeta. O Meio do Céu é o ponto onde estão apresentadas
nossas metas de vida a serem concretizadas nessa nossa encarnação de
aqui-e-agora; são nossas missões de vida. É o zênite, o ponto mais alto da
Mandala do mapa astral.
Ao mesmo tempo,
nossa Casa Quatro vai ser a Casa Dez de nosso Outro, ou seja, o lugar das metas
e das realizações de vida de nosso Outro. É bom sempre se estar atento para
isto, para a co-relação entre as casas, entre nossa individualidade e nossa
coletividade.
De uma forma
geral, dentro da Quarta Casa veremos o signo de entrada em seu grau correto e
depois, o signo a seguir. Dessa forma,
estaremos sempre interpretando o signo de entrada na Casa Quatro como a força
mais intensa de você exercer a energia desse seu Cenário de Vida, e ao mesmo
tempo esse signo será fusionado ao signo a seguir, já dentro da Casa Quatro e
possivelmente já dando entrada à Casa Cinco, e também aos Planetas que
poderemos ver morando ou dentro ainda do signo de entrada da Casa Três ou
dentro do signo seguinte.
Para bem
podermos interpretar nossa Casa Quatro, primeiramente estaremos conversando
sobre essa energia desse Cenário de Vida e então estaremos buscando, dentro do
mapa astral, dentro do Risco do Bordado, os Planetas ou Luminares que vão atuar
como Regentes desses mesmos signos, os signos onde estão morando e as Casas
onde estão morando.
Também será
importante, mais tarde, termos uma boa idéia acerca dos Aspectos que todos
estarão realizando entre si.
E mais tarde ainda, também podermos
interpretar esses regentes dentro dos signos e Casas que estão morando bem como
interpretar sobre os regentes desses mesmos signos ! Dessa forma, estaremos formando uma cadeia de
signos, Casas e interpretações várias.
Finalmente, é
importante que façamos uma interpretação de fusionamento entre a energia
natural de Câncer - que comanda, em
tese, a Quarta Casa -, e as energias dos
signos constantes na Casa Quatro, dentro do mapa astral bem como dos Planetas
ou Luminares ou Pontos que ali moram. Ou
seja, o signo de entrada da Casa Quatro e o signo seguinte e todos os moradores
dentro desse Quarto Cenário sempre terão uma conotação canceriana, sem dúvida
alguma, modificando assim, suas energias primordiais.
Fundo do Céu e
Casa Quatro - Câncer - Lua
O Fundo do Céu
e a Casa Quatro e Câncer e Lua fazem parte do Elemento Água, da Qualidade
Cardinal e do Gênero Yin, feminino.
No Fundo do Céu
e em Casa Quatro, vamos encontrar nosso começo e nosso final de vida no sentido
familiar e de enraizamento de nossa vida planetária. Eu diria que dentro do Fundo do Céu implantamos
nossos pés e verticalmente, buscamos nossa realização planetária através de
nossa cabeça buscando o Meio do Céu, lugar oposto e complementar. Sendo assim, o Fundo do Céu e o Meio do Céu,
em Câncer e em Capricórnio, vão apresentar o processo de erguimento do homem,
aquele que usa conscientemente sua
mente, mantendo-se em seus dois pés de forma vertical, sempre com a
cabeça para o alto.
Dessa
maneira, o ser tem suas raízes familiares - nucleares ou não - e tem seus
primeiros anos de vida e seus anos finais de vida. Dentro da forma de se colocar as 24 horas
dentro das Doze Casas Astrológicas, teremos cada duas horas fazendo parte de
uma Casa e isso acontecendo em sentido horário.
Sendo assim, o Fundo do Céu marcaria o exato momento entre a meia-noite
do dia anterior e o zero minuto do dia posterior e a Casa Quatro marcaria as
duas horas anteriores ao final do dia, entre 22:00 e 23:59 hs. É por isso que se diz que o Fundo do Céu
marca o começo real e o final real de todas as coisas, de forma objetiva, enquanto
a Casa Doze marca essas mesmas questões - inclusive o antes do começo e o antes
do final - porém de forma mais subjetiva, o como realizamos nossas raízes,
tanto pessoais como também, dependendo do signo, sociais e planetárias.
É certo que
também a Casa Quatro, sendo relativa ao signo de Câncer e regida pela Lua, o
arquétipo da mãe, vai falar sobre nossa família como um todo e
fundamentalmente, deverá falar sobre nosso pai ou nossa mãe, ou seja, sobre
quem estará mais próximo à nossa formulação familiar e de raízes.
E por essa
mesma razão, a Casa Dez, sendo relativa ao signo de Capricórnio e regida por
Saturno, o arquétipo do pai encarnado, vai falar sobre nossa família pública e
social como um todo e fundamentalmente, deverá falar sobre nosso pai ou nossa
mãe, ou seja, sobre quem estará mais próximo à nossa participação familiar
dentro do núcleo público e profissional e social.
É certo também
dizermos que os signos que se fusionam com nosso Fundo do Céu e nossa Casa
Quatro vão apresentar suas diferenciações, bem como seus regentes e onde se
encontram e também os planetas ou luminares que se inserem nesses lugares acima
mencionados.
Sobre o signo
de Câncer, natural e correlato ao Fundo do Céu e à Casa Quatro: poderemos
perceber uma extensão ainda maior acerca dos arquétipos envolvidos além dos já
descritos acima para o Fundo do Céu e a Casa Quatro, seus lugares correlatos e
naturais.
Câncer é um
signo de extrema e simples simplicidade, essencialidade, sentimento, emoção,
imaginação, psiquismo, interiorização.
Tudo isso acontece de forma extremamente simples. É interessante se dizer isso, mas eu penso
que Câncer e Áries são muito semelhantes nesse sentido, no sentido de suas
simplicidades tão explícitas - bem mais
explícita em Áries que é um signo inteiramente explícito e exteriorizado e de
Elemento Fogo...., do que em Câncer que é um signo inteiramente implícito e
interiorizado e de Elemento Água. Mas eu
digo que ambos são semelhantes em suas simplicidades, em suas transparências,
em suas formas de ser mais intuitiva, mais ardente interiormente e agida
exteriormente, Áries dentro do elemento Fogo e Câncer dentro do elemento
Água. Existe uma intensidade psíquica em
ambos apenas que esse psiquismo é atuado de maneira diferenciada através do
Fogo ariano e da Água canceriana.
Nesse caso
também poderemos dizer que Áries acaba sendo mais explícito por ser direto e
incisivo e combatente, exteriorizado. E
Câncer acaba sendo menos explícito por se fechar em copas, reverter sua ação
direta e incisiva para dentro de si mesmo, ficar em sua concha, fabricando suas
pérolas.
Então, o signo
de Câncer, por estar em sua concha - e mesmo que faça parte de um mundo de
outras conchas... -, fica fabricando suas pérolas, ou seja, expande seu mental
adquirido em Gêmeos, o signo anterior, e fusiona esse mental, que bom, à sua
imaginação plena, às suas visões interiores adquiridas dentro do seu mundo
plenamente interiorizado.
É por isso
então, que o signo de Câncer é tão ligado à Lua como mãe, aquela que traz em
seu ventre, seu filho, que haverá de nascer e ter sua identidade essencial já
dentro do próximo signo, em Leão.
O ventre em si
é considerado dentro do signo de Peixes.
Porém a maternalização, a maternidade em si já faz parte do signo de
Câncer. A união do óvulo com o
espermatozóide aconteceu dentro da união das duas pessoas, em Escorpião, o
fusionamento dos seres e sua conseqüente reprodução.
Sendo Câncer um
signo de maternalização e de aninhamento e de alimentação primordiais, é também
um signo de compreensão das coisas para bem além do mental: a mãe sente o que
seu filho sente. Aliás, a expressão Eu Sinto bem nos fala sobre o
signo de Câncer, sem dúvida alguma.
Existe um sentir, existe um sentimento que nem sempre pode ser
exteriorizado em palavras mentais e sim em imagens que posteriormente poderão
ser traduzidas em algum tipo de expressão de comunicação, fusionando então, a
mente geminiana do signo anterior, com a capacidade de criação leonina, do
signo posterior. No entanto, o germe de
tudo, a raiz da criação, encontra-se dentro do signo de Câncer.
Enfim, todas
essas questões cancerianas poderão ser vivenciadas por nós dentro das Casas
onde esse signo mora em nosso mapa astral natal, nosso Risco do Bordado.
Sobre a Lua,
regente do signo de Câncer e natural e correlata ao Fundo do Céu e à Casa
Quatro: vamos encontrar o arquétipo do feminino maior em nossa vida
traduzido através a figura da mãe.
É interessante
percebermos que a figura da mãe é uma sua e traduzida pela Lua. O arquétipo do pai, no entanto, pode ser
visto de duas maneiras, através de duas traduções do mesmo: primeiramente
teremos o pai encarnado que será vivenciado por Saturno, o bom regente do
Capricórnio, signo oposto e complementar ao Câncer e que vivencia natural e
correlatamente o Meio do Céu e a Casa Quatro.
Em segundo lugar, teremos o Sol, nosso arquétipo masculino maior, bom
regente do signo do Leão, a verdadeira Criação.
Então, através
da Lua poderemos ver nossa Alma realizando sua encarnação através de nossa mãe
unida ao nosso pai encarnado, Saturno, porém trazendo consigo nosso Espírito,
através do nosso Sol.
Trocando em
miúdos: na Lua poderemos ver Maria. Em
Saturno, São José. No Sol, Deus e o
Filho de Deus, ou seja, nós, a Criação.
Todas as
questões acima mencionadas sobre o Fundo do Céu e a Casa Quatro e o signo de
Câncer poderão ser adicionadas à Lua, sem dúvida alguma. Porém, fundamentalmente, devemos ver a Lua
como nossa Alma que desce à encarnação através de Áries, que busca um ventre
materno através de Câncer, que encontra com seu Outro, em Libra e que faz parte
da Sociedade como um todo, em Capricórnio - todos signos de Qualidade Cardinal,
cada um dentro de um dos quatro elementos.
Nossa Lua,
nossa Alma traz consigo para esta encarnação o arquétipo do Criador através do
nosso Sol e tudo isso fica materializado em nós através de nosso Ascendente,
nossa encarnação planetária.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward