Casa Seis ou Sexto Cenário de Vida





SEU LIVRO DE VIDA

Quase tudo o que você quer saber
 sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward


Capítulo 4

No Grande Teatro da Vida:
 Atores e Atrizes, Textos e Cenários


Luminares: Sol e Lua
Planetas, Planetóides e Pontos
Signos
Casas Astrológicas


Casa Seis
ou
Sexto Cenário de Vida

janine milward

Eu Trabalho
Como eu realizo minha encarnação dentro do meu cotidiano de vida
Os cuidados com a encarnação - a saúde
A perspectiva de Encontro com o Outro
A preparação para Servir ao Outro


A Sexta Casa é relativa ao signo de Virgem e dessa maneira, estará nos revelando as questões a serem vivenciadas no sentido de nos conscientizamos de nosso trabalho a ser realizado dentro da encarnação neste Planeta que é uma Estação de Trabalho e de Iluminação. Para tanto, também a Sexta Casa vai nos orientar em relação aos cuidados que devemos tomar com nosso corpo e com nossa saúde e em como nós devemos vivenciar nossa vida do cotidiano como um todo. É na sexta casa que nos preparamos para nos encontrarmos com o outro, objeto do Descendente e da Sétima Casa. Eu Trabalho. Eu Sirvo. Minha identificação com minhas missões de encarnação.

Também a Sexta Casa vai significar a Casa Doze de seu Outro, o lugar da finalização de seu Outro, onde se encontra sua espiritualidade, sua arte, sua religiosidade e sua saúde.

De uma forma geral, dentro da Sexta Casa veremos o signo de entrada em seu grau correto e depois, o signo a seguir.  Dessa forma, estaremos sempre interpretando o signo de entrada na Casa Seis como a força mais intensa de você exercer a energia desse seu Cenário de Vida, e ao mesmo tempo esse signo será fusionado ao signo a seguir, já dentro da Casa Seis  e possivelmente já dando entrada à Casa Sete, e também aos Planetas que poderemos ver morando ou dentro ainda do signo de entrada da Casa Três ou dentro do signo seguinte.

Para bem podermos interpretar nossa Casa Seis , primeiramente estaremos conversando sobre essa energia desse Cenário de Vida e então estaremos buscando, dentro do mapa astral, dentro do Risco do Bordado, os Planetas ou Luminares que vão atuar como Regentes desses mesmos signos, os signos onde estão morando e as Casas onde estão morando. 

Também será importante, mais tarde, termos uma boa idéia acerca dos Aspectos que todos estarão realizando entre si.

 E mais tarde ainda, também podermos interpretar esses regentes dentro dos signos e Casas que estão morando bem como interpretar sobre os regentes desses mesmos signos !  Dessa forma, estaremos formando uma cadeia de signos, Casas e interpretações várias.

Finalmente, é importante que façamos uma interpretação de fusionamento entre a energia natural de Virgem - que comanda, em tese, a Sexta  Casa -, e as energias dos signos constantes na Casa Seis, dentro do mapa astral bem como dos Planetas ou Luminares ou Pontos que ali moram.  Ou seja, o signo de entrada da Casa Seis  e o signo seguinte e todos os moradores dentro desse Sexto Cenário sempre terão uma conotação virginiana, sem dúvida alguma, modificando assim, suas energias primordiais.
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Todo dia ela faz tudo sempre igual; me acorda às seis horas da manhã; e sorri um sorriso pontual; e me beija com a boca de hortelã......... (Chico Buarque)

Nada melhor para exemplificarmos nossa Casa Seis do que essa música antiga e maravilhosa do grande artista e músico, Chico Buarque!

A Casa Seis sempre vai nos falar desse nosso cotidiano....  sempre, sempre, sempre, sempre, sempre, sempre.

O signo natural e correlato à Casa Seis é Virgem: por isso Todo Dia ela faz tudo sempre igual; é pontual sempre: me acorda às seis horas da manhã; e me beija com a boca de hortelã....  Também a Casa Seis sempre vem nos falar da boa prevenção de nossa saúde física como um todo, e da saúde dos demais corpos que nos acompanham em nossa encarnação - anímico, psíquico, emotivo, astral, etc...

Porém, também tudo isso vai ter a ver com a nossa Casa Doze, certamente, principalmente no que tange aos cuidados dos corpos não visíveis e aos cuidados com a saúde efetiva, com nossas doenças mais crônicas e terminais, da mesma forma.

Outra questão também muito importante a ser dita é sobre o Aspecto do trabalho dentro da Casa Seis.  A própria música do Chico Buarque continua - me esqueci da letra toda - dizendo que ela então arruma a casa, faz o almoço, prepara o jantar e ao final, se coloca no portão com um belo batom esperando o maridão e o beija com a boca de paixão... já antevendo a noite que chega.

Então, a Casa Seis também fala do correr do nosso dia-a-dia, seja dentro de casa, seja fora de casa, seja em nossa vida mais pessoal e íntima, seja em nossa vida mais nos aprontando para nosso encontro com a vida social - que nos aguarda definitivamente dentro de nossa Casa Sete¸após nosso Descendente!

Assim, sempre a Casa Seis é nosso aprontamento definitivo - em todos os sentidos - para que nos encontremos com o mundo lá fora: estamos prontos!

Finalmente, ainda dentro da Casa Seis, vamos encontrar nosso Trabalho do cotidiano - seja dentro de casa, seja fora de casa.  Eu estou dizendo, nossa ralação, nosso trabalho do dia-a-dia.  A questão mais vocacional será vista dentro da Casa Dez.  vocação é uma coisa, algo que nos chama a fazer, Voccare, chamar.  Mas a ralação do trabalho é bem outra coisa.

Então, em Virgem ou na Casa Seis, a gente vai ver como isso acontece¸como essa ralação de nosso cotidiano de dia-a-dia de trabalho nos acontece.

E também tudo que é relativo ao nosso cotidiano de vida também pode ser visto dentro da Casa Seis, com toda a certeza.  Se tivermos luzes arquetípicas - Planetas, Pontos ou Luminares - dentro da Casa Seis, esses arquétipos estarão nos revelando mais e mais sobre nosso cotidiano de vida e a forma como o realizamos, como o vivenciamos.

A Casa Seis fala de nossa vivência de nosso dia-a-dia, enfim.  A vida é grande, imensa, muitos anos são vividos, um ano após o outro, um mês após o outro, um dia após o outro, uma hora após a outra, um minuto após o outro:  essa é nossa Casa Seis.

Então, os signos que vão estar fazendo parte de nossa Casa Seis são realmente importantes para definirmos como realmente vivenciamos nossa vida em seu dia-a-dia.

Geralmente, advém um signo ainda desde nossa Casa Cinco e outro chega e vai se encontrar com nosso Outro, o Descendente.  Existem situações quando são três signos dentro de uma mesma Casa: o que fica ao meio é considerado Signo interceptado - é como se fosse um biombo dentro de uma sala: tem que fazer sentido se não somente atravanca o caminho.... tem que fazer sentido enquanto um biombo bem simpático.

E outra questão realmente importante a definirmos também é o fato de que nossas Casas Seis e Doze são fundamentais em nossa vida!

Primeiramente, porque é dentro de nossa Casa Seis que estamos prontos em nós mesmos, pessoalmente e dentro de nossa identidade e de nosso trabalho, para enfrentarmos nosso Outro, o mundo, enfim.

Em segundo lugar, porque é dentro de nossa Casa Doze, que tudo tem seu final, sua conclusão, o dia termina, o mês termina, o ano termina, a vida termina, o ciclo termina....  para tudo começar novamente, no Ascendente e na Casa Um.

Novamente, serão então, de uma maneira geral, quatro signos que estarão formando essa imensa dança de arquétipos, baile de arquétipos, entre as Casas Seis e Doze.

Também teremos que levar em consideração que nosso mapa não é somente nosso, ele vai apresentar nosso Outro também para nós - de acordo com os elementos alquímicos que nosso mapa vai oferecer a esse nosso Outro.

Sendo assim, sempre que estamos vivenciando nossa Casa Seis, ela estará sendo vivenciada por nosso Outro como sua - do nosso Outro - Casa Doze.  E a mesma regra se dará para nossa Casa Doze que também será vivenciada por nosso Outro como sua - do nosso Outro - Casa Seis.

É mais fácil a gente identificar a segunda questão do que a primeira questão, ou seja, é mais fácil a gente identificar a Casa Seis do nosso Outro sendo vivenciada dentro de nossa Casa Doze....  é bem mais fácil.  Por uma simples razão: a Casa Doze parece nos trazer um certo temor.... então a gente a empresta, rapidinho, para nosso Outro e muda de assunto.

E certamente, dentro da Astrologia da Alma, vamos sempre considerar nossa Casa Seis como nosso lugar de Trabalho dentro do Planeta Terra - que é uma Estação de Trabalho, fundamentalmente.

E vamos sempre também poder considerar nossa Casa Doze como nosso lugar de Iluminação dentro do Planeta Terra - que é uma Estação de Trabalho E DE ILUMINAÇÃO, fundamentalmente.

Para haver a Iluminação, é preciso que haja a boa consciência sobre a vivência de trabalho. Existe um trabalho para cada um de nós aqui nesse Planeta onde todos nós temos que nos servir uns aos outros - e Servir é um verbo do signo de Virgem e da Casa Seis!

Dessa forma, novamente essa inversão de uso de Casas Seis e Doze que doamos ao nosso Outro, é fundamental: vai nos mostrar como nosso Outro - a partir da alquimia de nosso mapa - exerce seu Trabalho e sua Iluminação.

O Trabalho fica mais óbvio, não tem muito como a gente escapar dele - ou da Casa Seis.  No entanto, a Iluminação é algo bem mais sutil....  e por isso a Casa Doze acaba tomando um tom bem mais subjetivo.  Mas ambas as Casas existem e precisam ser vivenciadas por nós - se bem quisermos realizar nossa Encarnação em nota dez de exercício de cumprimento de missões de vida.

É a isso que denominamos Os Doze Trabalhos de Hércules, o herói mitológico.  Temos que realizar nossos Doze Trabalhos.  E isso está relacionado às nossas Casas Seis e Doze.

Sendo assim, vamos identificar, na Casa Seis, quais são os signos que ali moram bem como os signos opostos e complementares que moram em nossa Casa Doze.  E vamos identificar os Planetas ou Pontos ou Luminares - se é que existe algum - dentro de nossa Casa Seis, ora comentada.


Casa Seis - Virgem - Mercúrio e Quíron
A Casa Seis e Virgem e Mercúrio e Quíron fazem parte do Elemento Terra, da Qualidade Mutável e do Gênero Yin, feminino.

Na Casa Seis, sempre aí estaremos encontrando nosso lugar de realização plena de nossa vida do cotidiano e por extensão da realização de nosso trabalho.  Também é dentro de nossa Casa Seis que encontraremos as questões de boa manutenção da saúde de nosso corpo físico, em nosso dia-a-dia, como um todo.  Dizem que essa área é chatinha, mas não é não, ela vai significar nossa real ação de cotidiano dentro de nossa atuação planetária, é nossa vida de trabalho de formiguinha, “todo o dia ela faz tudo sempre igual, me acorda às seis horas da manhã, me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de café...”

É certo, porém, que teremos sempre que fazer uma boa fusão entre nossa Casa Seis e os signos que nela moram.

Sobre o signo de Virgem, natural e correlato à Casa Seis:  sempre  estaremos encontrando a energia que nos é traduzida em trabalho, em serviço, em cuidados com a encarnação e toda sua vida de cotidiano, em aprender um ofício e se preparar para servir a todos planetariamente e se preparar para encontrar as outras pessoas.

Em Leão, encontramos nossa identidade essencial, nossa herança familiar, nosso nome familiar.  Em Virgem, tudo isso serve para que nos atemos a um ofício e trabalhemos e sirvamos uns aos outros.

É certo, porém que teremos sempre que fazer uma boa fusão entre o signo de Virgem e as Casas Astrológicas onde ele mora em nosso Risco do Bordado.

Sobre Mercúrio, regente tradicional de Virgem e natural e correlato à Casa Seis:  como bom regente de Virgem, encontraremos esse Mensageiro dos Deuses agindo de forma mais estabilizada, detalhada, esmiuçada, procurando estabelecer-se a si mesmo de forma prática e pragmatizada, voltado para a boa manifestação da mente não no sentido geminiano de curiosidade de aprendizado ilimitado mas sim, ao contrário, sistematizando e bem estruturando e dando boa forma e lugar a todo esse conhecimento, fazendo inclusive, uma boa triagem do mesmo.

Sobre Quíron, regente de Virgem e natural e correlato à Casa Seis: o Planetóide, o mestre dos mestres e curador ferido, veremos que em Virgem e na Casa Seis haveremos de nos encontrar com nossos trabalhos e nossas dores de estarmos encarnados e a necessidade de curarmos nossas feridas e aprendermos também a curar nosso Outro e também de adotarmos nosso ofício, nosso trabalho, e servirmos uns aos outros e nos tornarmos mestres em tudo isso.

Quíron é aquele que faz a ponte entre o mundo da encarnação e o mundo da transcendência, entre a Casa Seis e a Casa Doze.

É Quíron, o centauro metade homem metade cavalo, que nos mostra o arquétipo de seu lado animal, atado à Terra e aos instintos mais primitivos, e que nos mostra também o arquétipo de seu lado humano, já voltado da Terra para o Céu, ampliando sua mente, desejando se tornar divino.


Aqui tem sua finalização, o Hemisfério Yin da Mandala Astrológica:
todas as questões mais pessoais e de identidade própria estão inteiramente formadas.  A partir de agora, o ser está pronto para enfrentar seu Outro e a se inserir no mundo social e planetário e universal.



Com um abraço estrelado,
Janine Milward

O homem se orienta pela terra
A terra se orienta pelo céu
O céu se orienta pelo Tao
E o Tao se orienta por sua própria natureza

Lao Tse


Você  nunca está só ou abandonado...
A força que guia as estrelas
guia você também


Srii Srii Anandamurti